Pensamento do Dia.... (só tem em inglês, desculpe)

Monday, March 21, 2011

O chinês famoso!

Quando vim para os Estados Unidos eu já falava inglês. Mas mesmo assim algumas coisas eram novas para mim. Meus sponsor que ajudaram muito além de prover um lugar para que eu morasse até me estabelecer com a esposa e filhos num apartamento oferecido pela faculdade onde estudei. Eu não tinha carro no começo e andava bastante (e era magrinho lógico.) Bem, comecei a perceber muitas diferenças entre as ruas do Brasil e dos Estados Unidos mas uma coisa me chamava a atenção todo o tempo e eu não achava nenhuma explicação lógica para aquilo. Eu pensava, pensava, e não conseguia achar nada que eu houvera aprendido no passado que explicasse o fenômeno. Quando eu já não aguentava mais de curiosidade eu perguntei aos meus sponsors porque havia nas ruas o nome de um tal chinês em lugares que não tinham nada a ver com chinês. Aonde eu morava não era bairro chinês nen nada. E não era só lá que eu via isso também. Estava em Salt Lake City, por todas as partes. Teria sido ele um chinês famoso nos tempos antigos, quando construiram a ferrovia? As linhas do leste e oeste dos States se uniram em Promontory, Utah. Podia ter algo a ver com ele. Mas porque só em determinados lugares? Por fim criei coragem e perguntei, não dava mais!!!

- Podem me dizer porque tem o nome de um chinês em placas amarelas pela cidade? - perguntei inocentemente.
- Que chinês? Aqui nem temos um bairro chinês! - responderam
- Eu lembro o nome, espera, é Ped Xing! - respondi.
- Ped Xing? Não conhecemos nenhum Ped Xing! - explicaram
- Mas eu vejo estas placas amarelas com este nome todo o tempo! - retruquei com convicção.
- Como se escreve? - perguntaram curiosos
- PED XING escrevi em letras maiúsculas e grandes num papel

Ele riram e logo me explicaram:

- Não é nome de Chinês não! É abreviação para PEDESTRIAN CROSSING! Aqui quando algumas palavras se abreviam com X por exemplo XMAS é Christmas (Natal), XING é Crosssing (Travessia). Então PED para Pedestrian e XING para Crossing!

Que tontinho! Fez muito sentido né exceto que uma palavra era Cruz e a outra era Cristo mas tudo bem... as duas palavras se relacionam certo? Só não estou certo que na China alguém faria o relacionamento das duas. Se eu um dia for fazer uma missão na China com minha esposa, posso contar esta história como introdução e começar a falar do evangelho. Acho que seria uma boa introdução. O que acham?

Tudo era fascinante! Quem jamais imaginaria que se usava o X desta maneira? Agora vejo os sinais para travessia de pedestres e lembro-me com saudades os tempos em que aprendia coisas novas do idioma inglês (agora já estou suspirando.)

Wednesday, March 9, 2011

Um macado me mordeu!!! O irmão Bueno me mordeu!!!

Quando eu era pequeno o meu apelido era "Perigoso"... não sei porque.. hehe. Bom, o meu irmão já deveria saber que não era para me deixar sozinho. Um dia ele me levou junto numa viagem de negócios dele e me deixou num zoológico num cidadezinha de São Paulo. Não sei para onde ele foi mas lá estava eu de repente sozinho em frente à jaula dos macacos. A macaca estava com seus filhotinhos e eu com doce na mão. O doce era o "Dadinho" que para quem não lembra era feito de amendoim embrulhado num papel espelho igual ao da foto aí. Acho que ainda fazem Dadinho do mesmo jeito quando eu tinha 12 anos ou algo assim na época (estamos falando de meados dos anos 70).

Então, eu achei que devia dar doce para a macaca. Joguei um, el apegou e cuidadosamente desembrulhou e deu para os macaquinhos. Eu achei aquilo incrível!!! Aí joguei outro mas caiu entre as grades do lado de dentro da jaula e eu não conseguia pegar. Estiquei o braço o mais que podia e com o dedo do meio toquei do doce mas do nada eu vi aparecer a cabeça da macaca que já estava morendo o meu dedo bem forte. E ela não soltava!!!! Ela mordia tão forte que eu nem sentia dor. Pensei que ela ia arrancar a ponta do meu dedo.

Então aí estava eu, sem ninguém me olhando, ninguém por perto, tentando convencer a macaca de soltar o meu dedo. A única tática que encontrei foi começar a puxar a minha mão bem forte e no processo bater a cabeça dela nas grades... hehehe... foi um destes momemtos do Eduardo Bueno que infelizmente não pôde ser filmado. Ela finalmente soltou o meu dedo o qual eu não podia sentir, estava adormecido e eu fui segurando a ponta do dedo correndo atrás do meu irmão. Tive que tomar umas injeções e até hoje não sei quem contaminou quem.

O evento que segue eu decidi colocar aqui por estar relacionado, creio eu, porque anos depois, quando já estava casado e era o professor da Escola Dominical, um dos adolescentes na minha classe roubou o único giz que eu tinha. Seu nome era Don. Ele se sentava no fundo da classe, e não queria devolver o giz de jeito nenhum. Eu, como bom Cristão, continuei a aula até que os adolescentes começaram a dormir o suficiente para que eu passasse um verso longo da Bíblia para uma menina ler.

Enquanto ela lia e eles ficavam com mais sono ainda, eu fui ao fundo da classe calmamente e pedi que por gentileza ele devolvesse o giz. Ele se negou!!!! Aí, os meus instintos símios emergiram e eu o puxei para o chão, fazendo a cadeira voar, a classe despertou, e lá estava ele no chão, com o quarentão agora um professor da Escola Dominical não tão bonzinho exigindo o giz de volta.

Ele se recusou de novo e eu agi como qualquer pessoa normal que foi mordida por um macaco, eu mordi a mão dele bem forte até ele soltar o giz. A galera vibrava (a classe nunca tinha visto um professor da escola dominical morder ninguém!) Aí ele se levantou exclamando "Ele me mordeu! Ele me mordeu!" como se tivesse sido o fim do mundo... ahahahah. Talvez ele estava dizendo aquilo para convencer a si mesmo do que acabara de ter acontecido, que o irmão Bueno realmente havia mordido a mão dele. para pegar o giz.

Consegui terminar a minha aula em paz mesmo depois de tudo aquilo (a adrenalina toda foi boa para acordar a todo mundo). Fiz juz ao meu apelido de "Perigoso" e eles aprenderam a respeitar-me.

Bom, eles me adoravam depois daquilo. Acho que me tornei seu professor da Escola Dominical favorito. e quanto ao Don, eu o vejo na Igreja e pergunto como vai a mão dele e ele diz que está bem. Com uma diferença ou outro do Homem Aranha, o Homem Simio aqui foi mordido, ganhou poderes e responsabilidades, mas nunca realmente logrou pular de prédio para prédio. Morder tudo bem, mas eu nunca mordi ninguém nas minhas classes de software. As pessoas são tão sensíveis hoje em dia! Não acham que hoje me processariam? Acho que sim. Melhor cuidar dos meus negócios sem morder ninguém... hehe. E estas foram duas aventuras do Eduardo Bueno.

Wednesday, March 2, 2011

Quem tem medo do Eduardo Bueno?

Minha esposa e eu estávamos em Portland, Maine, em Agosto de 2006, visitando os lugares turísticos durante uma viagem de negócios. Chegou uma noite fomos pegar dinheiro num caixa eletrônico e era um lugar assim escuro, tinha uma construção perto, já viu. O caixa ficava atrás de um prédio enquanto minha esposa tirava o dinheiro, eu pensei em dar um susto nela, porque é legal assustar a Gislaine.

Virei a esquina e o prédio tinha umas aberturas na parede que permitiam que uma pessoa se escondesse. Eu falei para ela que era um lugar perigoso e alguém podia nos roubar. Aí fiquei esperando mas ela demorou tanto que eu acabei esquecendo porque eu estava lá perdido nos meus pensamentos. Quando ela passou por mim EU ME ASSUSTEI!!! Fui de Ahhhh para Buuuuu bem rápido mas não deu para disfarçar.

Ela não sabia o que dizer porque foi ridículo mesmo. Ela perguntou com muita classe "Eu que te assustei, né?" e eu tive que admitir. Foi uma cena típica de comédia da TV e rimos bastante. Meus filhos dizem hoje que foi um episódio do Mr. Bean... tentar assutar alguém e acabar ficando assustado. Que fazer? Foi uma outra aventura do Eduardo Bueno (o tonto!):)

Sunday, January 30, 2011

Perdido no Aeroporto - cadê meu micro????

Esta é uma daquelas coisas que as pesssoas me vêm contar quendo estou dando uma aula nas minhas viagens de negócios e pedem que eu repita várias vezes. Eu acho divertida pois parece um episódio de programa humorístico mas realmente aconteceu! Aqui vai:

Era Novembro de 2007 e eu estava voltando de uma viagem à República Dominicana e assim que tomei meu assento no avião pensei com meus botões: "Espera aí! Estou chegando no aeroporto JFK cerca de 19:30 hs e só saio no dia seguinte às 11:30 hs! Eu preciso de um hotel!" - então eu peguei o itinerário que tinha no bolso e liguei para o hotel que estava lá.

"Estou chegando no aeroporto às 19:30 hs e preciso de um quarto esperar meu vôo que sai no dia seguinte. Não quero nada caro..."
"OK, meu senhor. Tenho um quarto por $60. Está bom assim?
"Ótimo! Como chego ao seu hotel?
"É só chamar-nos quando chegar e vamos buscá-lo."

Então, cheguei na hora certa e estava o maior frio. Fui aonde passam os micros dos hotéis e liguei do celular de novo. Ele me disse que estava mandando o motorista imediatamente, perguntou como eu estava vestido, e desligamos.

Esperei, esperei, e vi micros de tudo quanto é hotel pelo menos duas ou três vezes. Aí liguei para o hotel um pouco chateado, e perguntei o que se passava. Ele disse que o motorista já havia passado e não havia me visto lá.
Eu fiquei bem chateado e ele disse que ia mandar o motorista de novo e ele iria prestar mais atenção desta vez mas disse que eu ficasse no terminal certo. Ele perguntou se eu podia ver o céu!!!

"O céu? O que o céu tem a ver com isso?" - perguntei
"Bem, se estiver no lugar certo não vai poder ver o céu." - ele retrucou

Eu disse que eu podia ver o céu, sim. Ele disse que eu fosse para o piso inferior, mas eu já estava no térreo e não tinha nada em baixo! Perguntei se ele vinha de metrô porque não havia como ir mais para baixo. Ele sugeriu que eu voltasse ao aeroporto e buscasse certo terminal. Fiz o que ele falou mas acabei no lugar onde todo mundo estava esperando os micros. Ele não me achou de novo, claro.

Assim, chamei bem irritado desta vez e ele insistiu que eu estava no terminal errado e mandou que eu perguntasse a alguém no aeroporto. Fiz o que ele pediu mas ninguém podia me dizer onde o tal terminal estava. Passei o telefone a um policial que estava bem bravo com ele porque eu já estava vagando pelo aeroporto fazia já muito tempo! Ele disse ao cara do hotel que eu não ia a terminal nenhum, que eu ia para a loja do Budget Rental Car to outro lado da rua. Ficamos todos de acordo e eu fui para o Budget.

Quando o cara do Budget viu que eu não ia alugar nada ele deixou claro que eu não estava bem vindo lá dentro então fui para fora esperar no frio congelante. Já cansado de esperar e como haviam passado uma hora e meia mais ou menos nesta história, liguei de volta. Desta vez eu estava com MUITA raiva e disse a ele que não queria mais micro nenhum, que eu ia dormir no aeroporto. Ele pediu que eu não fizesse isso, pois o motorista já estava no Budget Rental Car. Aí fiquei com raiva mesmo. Não tinha micro nenhum!!! Falei que ele era um mentiroso. Ele pediu que eu olhasse atrás do prédio. Era uma construção! Então eu disse a ele que eu sabia que ele era louco mesmo, pois eu estava lá e não havia nenhum micro. Ele disse que o micro estava lá e que era eu que não estava. Parecia o Além da Imaginação.!

Aí eu disse: "Quer saber? Eu acho que é verdade o que dizem das pessoas de New York. Vocês são todos rudes"

Ele perguntou: "Meu senhor, onde você está???"

Respondi: "Olha, isso não tem graça, já falei que estou no Budget Rental Car."

Aí ele falou: "Meu senhor, estou em Dallas. Cadê você?"
Eu não queria dizer mas disse: "JFK..."

O que aconteceu é que eu peguei o itinerário errado do bolso e chamei o hotel em Dallas (pois o hotel que eu ia passar uma noite lá naquele itinerário... mas eu nunca disse ao cara do hotel a que aeroporto eu estava indo e ele não me disse onde estava o hotel dele. Ambos assumimos que estávamos falando da mesma cidade! Quais são as chances???? Eu estava sendo procurado no Texas enquanto eu estava em New York!!!!!!!!!!! Hummm!!!! Poderia ter acontecido com qualquer um! Ou talvez não... hee... então acabamos a conversa assim:

"Acho que não vamos te encontrar aí, não é?
"A menos que seu motorista venha a New York???" falei devagarinho
"Não vai ser esta noite não" disse ele com um sorriso na voz - o cara era demais! qualquer outro teria me chingago lógico : )

Bem, não passou muito eu estava no itinerário de Dallas. Olhei para cima e não vi o céu e o terminal estava certo!
Que interessante! Perguntei ao Mike, o motorista, se ele lembrava do cara de New York que estava esperando por ele a semana anterior. Ele sabia a história muito bem, disse ele, pois quase fora demitido por não encontrar o dito cujo. Levantei a mão e confessei que tinha sido eu. Acabamos tirando uma foto juntos no hotel. Ele tinha um bom humor. Sei que parece loucura, eu sei, mas sou eu né! Que fazer???

Sunday, March 16, 2008

Nem tudo que parece pepino, pepino é!


Alguém já comeu bucha? Não estou falando de bucho que é algo que eu nunca comi e muita gente gosta. Estou falando de bucha vegetal de tomar banho!!! Eu comi e vou confessar aqui e agora!!! Considerando que sou eu com quem tanta coisa aconteceu porque não sou muito normal espero que ninguém duvide da história. Pena que minha tia Nair já faleceu porque ela poderia confirmar tudo rapidinho. Agora, antes de eu contar a história vamos estabelecer que todos sabem o que é uma bucha - mais exatamente a bucha vegetal. Como eu vou traduzir todos estes comentário para inglês vai ter gente que nunca viu uma (mas será que não tem jovens que nunca viram uma bucha? Pode ser! Humm... aqui vai)

Aí podem ver a bucha vegetal seca cortada em pedaços. Parece feinha mas era e não sei se é ainda popular no Brasil (digam aí vocês que moram no Brasil) mas a gente comprava na feira e usava para tomar banho. Depois inventaram as esponjas falsas mas a bucha vem sabe lá de que tempo. A bucha vegetal é fruto de uma trepadeira que tem o mesmo nome e possui flores e folhas verdes e amarelas, de origem africana e foi trazida ao Brasil pelos escravos. Aqui está o exemplo da tal flor que por sinal é muito bonita.


Para quem não sabe evoluiram com o tempo o jeito de vender bucha e eu estava olhando na internet e vi isso:








Como podem ver tem peruca de bucha, bucha em paninho para poder segurar melhor e boneca de bucha do Lampião e Maria Bonita.

Bom, o caso é o seguinte eu fui para Ferraz de Vasconcelos um dia na casa da minha tia Nair. Eu gostava de ir lá porque a maioria das ruas eram de terra e tinha muita coisa interessante para explorar que não era como as ruas de São Paulo, tinha árvore e ladeiras de terra assim que eu gostava de descer... mas detestava subir... mas gostava de tudo. Tinha um monte de primos lá também que eu adorava visitar e brincar. Mas um dia, eu não sei porque eu estava explorando a região sozinho. Numa rua lá que eu nem sabia mas não muito longe da casa da tia Nair eu vi uma vinha deste tipo:











Para quem nunca viu parece um pé de pepino. E foi exatamente o que eu pensei. Eu vi um monte de pepino pendurado nesta vinha e não pude resistir. Vocês acham que se o pepino está pendurado do lado da rua e você pega um é roubar? Eu espero que não. A vinha estava na cerca da casa e os "pepinos" estavam pendurados do meu lado dando-me o direito de pegar um, o que eu fiz sem pensar nem por um minuto. Não pensem que sou louco, vejam a cara da bucha antes de secar e ir para a feira!

Bom, mordi o tal "pepino" e logo vi que o sabor não estava bom. Pensei que era um pepino que não estava maduro. Levei comigo para a casa da minha tia e mostrei para ela. Eu lembro direitinho a cara dela rindo de mim. "Mineiro!" (era o meu apelido porque nasci em Minas Gerais) "Isso aí é bucha menino!" Ahahahahaha... eu não achei engraçado no dia mas lembro com carinho do momento. Ela ria e não acreditava que eu tinha mordido a bucha. Não sei como eu sobrevivi à minha infância. Tem muita história para contar aqui que se minha mãe estivesse viva e lesse ia desmaiar porque era um tal de cair de um muro aqui e perder o fôlego e ficar no chão estirado até voltar, coisa que mãe não pode saber... hehe. Mas da bucha ela ficou sabendo sim porque a tia contou. Agora estão avisados. Dá até para fazer um ditado:

Nem tudo que parece pepino, pepino é!

Friday, March 14, 2008

Perdidos no Espaço e Raul Seixas (sim, tem a ver!)

Eu gostava de um programa bem especial nos anos 60... Perdidos no Espaço. A foto aqui está colorida mas eu sempre vi mesmo foi em preto e branco. Não tivemos TV colorida até meados dos anos 70. Quer dizer, a nossa TV era colorida, mas a imagem era preto e branco. Eu acho que a TV era marrom, mas eu sou meio daltônico então podia ser outra cor. Só no começo dos anos 70 que um dos presidentes do governo militar do Brasil, um alemão chamado Ernesto Geisel, trouxe a transmissão a cores para o Brasil mas aí eu já estava no ginásio e demorou para comprar uma porque eram muito caras. Eu andava da minha casa para o Ginásio Estadual Parque São Jorge e assistia TV colorida pela vitrine das lojas na Avenida Celso Garcia mesmo.

Mas voltando ao Perdidos no Espaço eu via todos os episódios. Eu me imagina o Will Robinson lógico naquelas aventuras super incríveis nos planetas onde caíam quando conseguiam sair de um para outro. Mas tinha vez que ficavam um tempão num planeta. Acho que faltava grana para outros cenários mas eu não pensava assim... eu me concentrava nos alienígenas estranhos e muitas vezes divertidos que encontravam. Não entendia como o Doutor Smith era tão idiota. Ele só fazia besteira depois ficava lá chorando pedindo para o salvarem das encrencas em que se envolvia. Uma vez ficou todo prateado, bem poderoso, controlado por um exército de robôs iguais ao que eles mesmo tinham, só que miniaturas.

Mas o que eu queria mais era ter um robô daqueles que soltasse raios pelos ganchos que constituiam suas mãos!!! Hoje, tenho uma réplica daquele robô em meu cubículo no trabalho. Apesar de viajar muito, quando volto sempre encontro o robô esperando por mim no escritório. O meu robô miniatura diz o básico:

"Perigo! Perigo, Will Robinson!" (Danger, Danger, Will Robinson!)
"Não tem registro!" (That does not compute!)
"Aviso! Aviso!" (Warning! Warning!"

OK... podem dizer que essa mão não é minha, que eu peguei uma foto de miniatura na web, mas aqui vai a foto inteira e acho que dá para ver que estou mesmo no meu cubículo. Na verdade tenho mil brinquedos na pratelira do cubículo. Quem vê logo percebe que está difícil passar a fase da infância... hehe.

Esta foto aqui mostra a roupa deles de viajar. Eu bem que queria ter uma roupa assim que nem a do Will quando eles viajavam pelo espaço. Não me importo que parecia um pijama prateado. Um dia minha esposa vai entrar no quarto e me ver de pijama prateado assim e vai logo saber que cheguei à crise da meia idade... hehe. A mãe dela avisou, ela que não quiz ouvir...

Mas era com esta roupa que eles entravam naquele congelador deles e iam bem longe no disco voador. Não dá vontade de fazer isso de vez em quando? A vantagem do congelador é que você não envelhece. Já começa por aí. Depois tem a vantagem de não ter que pagar mais as contas, e sabe lá o que cada um gostaria de escapar se pudesse sair do planeta e visitar as estrelas. Aqui é que entra o Raul Seixas. Ele era um roqueiro dos anos 70 que eu adorava e le falou de disco voador em pelo menos duas de suas músicas. Aí eu logo me indentifiquei. Tenho minhas músicas favoritas tipo Guitá mas nestas duas em ele fala de disco voador e não podia de deixar incluir aqui já que estou falando do Júpiter 2.

Esta música do Raul Seixas se chama S.O.S.:


Ooo seu moço, do disco voador
Me leve com você, prá onde você fooooor!
Oo seu moço mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrêla por aí..."

Aqui vai a música para quem quer saber do que estou falando ou só lembrar do Raul Seixas:



Ah, tem outra clássica que ele fala de disco voador bem no fim. Eu adorava esta música. Aqui está o verso no fim em que ele fala de disco voador:
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Aqui está a música:


Voltando o disco voador do Perdidos no Espaço...

Teve episódios inesquecíveis, como quando eles voltam para a terra nos anos 50 e o doutor Smith diz que é de Cachoeirinho do Sul (queria saber quem inventou aquela tradução... foi ótima!). Lembro quando eles acharam a mulher andróide que acabou chorando e o mercador espacial foi convencido a não desmontá-la. Ele dava um tapinha da boca, afinava o bigode e dava uma batida com o sapato antes de marchar para seu transporte espacial. As máquinas de mercado interestelar eram incríveis. Umas caixas com uns gráficos bem baratos mas bem convincentes para gente da minha idade na época. Perdidos no Espaço me mantia no ar. Chocolates Dizziolli fizeram uma promoção onde se ganhava um disco voador que era igualzinho ao Jupiter 9. Eu nunca pude comprar ou ganhar um. Mas eu ia na venda do Alfredo e ficava olhando, pegava na mão, brincava por lá mesmo.

Um dia eu inventei uma revistinha que eu fazia à mão mesmo, com três folhas de papel sulfite. Aí eu dobrava no meio e costurava o vínculo na máquina de costura da minha mãe fazendo assim uma revista. Eu colocava palavras cruzadas que eu mesmo inventava, uma página para colorir, palavras em código, e histórias. Depois eu coloco a revista toda, mas aqui vão umas páginas que eu fiz com a história do Perdidos no Espaço do jeito que eu consegui desenhar lógico.

Abaixo está a página 1 da história do Perdidos no Espaço na minha revistinha feita a mão. O jeito que eu escrevo o nome deles é um absurdo... hehe.. e eu sou o Eduardo Robin (não dava para escrever Robinson porque tomava muito espaço). Aí vai:

Clique na imagem para ver mais de perto.
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Quando meu filho fez seu primeiro aniversário em 1986 o bolo foi o Júpiter 2, o disco voador da família Robinson. Fiz uma réplica do mesmo, com janela por onde se podia ver os computadores dentro. O disco voador era a caixa do bolo congelado que minha sogra havia feito. Os pedaços já estavam todos cortados, embrulhados em papel alumínio o que fez a festa parecer mais espacial. Acho que foi quando fechei o capítulo do disco voador que faltou quando eu era pequeno. Pena que não encontro a foto do Danny do lado do tal disco voador no dia do aniversário. Hummm. .. se un dia eu achar eu coloco aqui também.

Thursday, March 13, 2008

Nacional Kid!


Outro programa de televisão que eu não perdia era o Nacional Kid. O programa era japonês, tinha um cara que virava o Nacional Kid, que era gigante e usava uma roupa de borracha prateada (na verdade podia ser até amarela, mas a televisão era preto e branco, assim fiquemos no prateado mesmo). A máscara tinha um detalhe especial nos olhos como um óculos de sol gigante. A gente fazia a máscara do Nacional Kid colocando o polegar e o indicador em forma de círculo, colocando os círculos sobre os olhos e virando a palma da mão contra a testa... ficava igualzinho! Olha aqui, vou dar um exemplo que assim você pode fazer também e mostrar para os amigos numa reunião de negócios para fechar um contrato, num restaurante chique, num casamento, onde queira:

Bom, o Nacional Kid lutava sempre com aqueles monstros de borracha que viviam destruindo Tokio. Acho que Tokio foi reconstruída mais de mil vezes bem rápido porque cada capítulo trazia outra lagartixa gigante e irritada para o Nacional Kid destruir. Ele cruzava a mão e saía um raio que acabava com os bichos, mas antes de usar a arma letal ele dava bastante pancada e pontapé... um pouco mais lento que a velocidade normal dos movimentos quando ele tinha tamanho normal. De vez em quando ele se virava bem rápido, mas quando ele ficava em slow motion aí ele não estava para brincadeira. Ah... a televisão sempre foi violenta!

Mas tinha os Incas Venuzianos! Como era o nome daquela alienígena sexy e maligna? Humm, não lembro mais, mas ela era ótima. Lembro quando ela quiz pegar a bomba de cobalto que os japoneses haviam inventado e curava tudo, ou dava muita energia à cidade, sei lá, e ela se azarou. Sei que era importante e ela fazia de tudo para pegar a tal bomba de cobalto. Lembro quando os discos voadores dos Incas Venuzianos se foram porque ela perdeu para o Nacional Kid. Foi um dia muito bom... eu já estava cansado deles. E quem inventou o conceito de Incas Venuzianos? Que mistura!!! Não tenho visto imaginação assim já fazem anos!

Veja a apresentação do programa. Eu até cantava para a Dona Maria, uma vizinha que morava na vila do lado. Ela era japonesa e em vez de chamar a minha mãe de Olga ela dizia "Orega." Amávamos a Dona Maria! Mas falo dela depois. Esta é a musiquinha que eu cantava para ela e que nunca saiu da minha cabeça: