Pensamento do Dia.... (só tem em inglês, desculpe)

Friday, March 14, 2008

Perdidos no Espaço e Raul Seixas (sim, tem a ver!)

Eu gostava de um programa bem especial nos anos 60... Perdidos no Espaço. A foto aqui está colorida mas eu sempre vi mesmo foi em preto e branco. Não tivemos TV colorida até meados dos anos 70. Quer dizer, a nossa TV era colorida, mas a imagem era preto e branco. Eu acho que a TV era marrom, mas eu sou meio daltônico então podia ser outra cor. Só no começo dos anos 70 que um dos presidentes do governo militar do Brasil, um alemão chamado Ernesto Geisel, trouxe a transmissão a cores para o Brasil mas aí eu já estava no ginásio e demorou para comprar uma porque eram muito caras. Eu andava da minha casa para o Ginásio Estadual Parque São Jorge e assistia TV colorida pela vitrine das lojas na Avenida Celso Garcia mesmo.

Mas voltando ao Perdidos no Espaço eu via todos os episódios. Eu me imagina o Will Robinson lógico naquelas aventuras super incríveis nos planetas onde caíam quando conseguiam sair de um para outro. Mas tinha vez que ficavam um tempão num planeta. Acho que faltava grana para outros cenários mas eu não pensava assim... eu me concentrava nos alienígenas estranhos e muitas vezes divertidos que encontravam. Não entendia como o Doutor Smith era tão idiota. Ele só fazia besteira depois ficava lá chorando pedindo para o salvarem das encrencas em que se envolvia. Uma vez ficou todo prateado, bem poderoso, controlado por um exército de robôs iguais ao que eles mesmo tinham, só que miniaturas.

Mas o que eu queria mais era ter um robô daqueles que soltasse raios pelos ganchos que constituiam suas mãos!!! Hoje, tenho uma réplica daquele robô em meu cubículo no trabalho. Apesar de viajar muito, quando volto sempre encontro o robô esperando por mim no escritório. O meu robô miniatura diz o básico:

"Perigo! Perigo, Will Robinson!" (Danger, Danger, Will Robinson!)
"Não tem registro!" (That does not compute!)
"Aviso! Aviso!" (Warning! Warning!"

OK... podem dizer que essa mão não é minha, que eu peguei uma foto de miniatura na web, mas aqui vai a foto inteira e acho que dá para ver que estou mesmo no meu cubículo. Na verdade tenho mil brinquedos na pratelira do cubículo. Quem vê logo percebe que está difícil passar a fase da infância... hehe.

Esta foto aqui mostra a roupa deles de viajar. Eu bem que queria ter uma roupa assim que nem a do Will quando eles viajavam pelo espaço. Não me importo que parecia um pijama prateado. Um dia minha esposa vai entrar no quarto e me ver de pijama prateado assim e vai logo saber que cheguei à crise da meia idade... hehe. A mãe dela avisou, ela que não quiz ouvir...

Mas era com esta roupa que eles entravam naquele congelador deles e iam bem longe no disco voador. Não dá vontade de fazer isso de vez em quando? A vantagem do congelador é que você não envelhece. Já começa por aí. Depois tem a vantagem de não ter que pagar mais as contas, e sabe lá o que cada um gostaria de escapar se pudesse sair do planeta e visitar as estrelas. Aqui é que entra o Raul Seixas. Ele era um roqueiro dos anos 70 que eu adorava e le falou de disco voador em pelo menos duas de suas músicas. Aí eu logo me indentifiquei. Tenho minhas músicas favoritas tipo Guitá mas nestas duas em ele fala de disco voador e não podia de deixar incluir aqui já que estou falando do Júpiter 2.

Esta música do Raul Seixas se chama S.O.S.:


Ooo seu moço, do disco voador
Me leve com você, prá onde você fooooor!
Oo seu moço mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem tanta estrêla por aí..."

Aqui vai a música para quem quer saber do que estou falando ou só lembrar do Raul Seixas:



Ah, tem outra clássica que ele fala de disco voador bem no fim. Eu adorava esta música. Aqui está o verso no fim em que ele fala de disco voador:
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Aqui está a música:


Voltando o disco voador do Perdidos no Espaço...

Teve episódios inesquecíveis, como quando eles voltam para a terra nos anos 50 e o doutor Smith diz que é de Cachoeirinho do Sul (queria saber quem inventou aquela tradução... foi ótima!). Lembro quando eles acharam a mulher andróide que acabou chorando e o mercador espacial foi convencido a não desmontá-la. Ele dava um tapinha da boca, afinava o bigode e dava uma batida com o sapato antes de marchar para seu transporte espacial. As máquinas de mercado interestelar eram incríveis. Umas caixas com uns gráficos bem baratos mas bem convincentes para gente da minha idade na época. Perdidos no Espaço me mantia no ar. Chocolates Dizziolli fizeram uma promoção onde se ganhava um disco voador que era igualzinho ao Jupiter 9. Eu nunca pude comprar ou ganhar um. Mas eu ia na venda do Alfredo e ficava olhando, pegava na mão, brincava por lá mesmo.

Um dia eu inventei uma revistinha que eu fazia à mão mesmo, com três folhas de papel sulfite. Aí eu dobrava no meio e costurava o vínculo na máquina de costura da minha mãe fazendo assim uma revista. Eu colocava palavras cruzadas que eu mesmo inventava, uma página para colorir, palavras em código, e histórias. Depois eu coloco a revista toda, mas aqui vão umas páginas que eu fiz com a história do Perdidos no Espaço do jeito que eu consegui desenhar lógico.

Abaixo está a página 1 da história do Perdidos no Espaço na minha revistinha feita a mão. O jeito que eu escrevo o nome deles é um absurdo... hehe.. e eu sou o Eduardo Robin (não dava para escrever Robinson porque tomava muito espaço). Aí vai:

Clique na imagem para ver mais de perto.
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Quando meu filho fez seu primeiro aniversário em 1986 o bolo foi o Júpiter 2, o disco voador da família Robinson. Fiz uma réplica do mesmo, com janela por onde se podia ver os computadores dentro. O disco voador era a caixa do bolo congelado que minha sogra havia feito. Os pedaços já estavam todos cortados, embrulhados em papel alumínio o que fez a festa parecer mais espacial. Acho que foi quando fechei o capítulo do disco voador que faltou quando eu era pequeno. Pena que não encontro a foto do Danny do lado do tal disco voador no dia do aniversário. Hummm. .. se un dia eu achar eu coloco aqui também.

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